segunda-feira, dezembro 13, 2004

Mascara

Não te deixes enganar por mim.
Não te enganes pelas mascaras que uso,
pois eu uso máscaras que eu tenho medo de tirar, e nenhuma delas sou eu.
Fingir é uma arte que se tornou uma segunda natureza para mim, mas não te enganes.
Eu dou a impressão que sou segura, de que tudo está bem e em paz comigo,
que o meu nome é confiança e tranquilidade;
é meu tema que as águas do mar são calmas e eu estou no comando sem precisar de ninguém.
Mas não te acredites, por favor.
A minha aparencia é tranquila, mas é apenas uma aparencia,
é uma mascara superficial, mas é a que sempre varia e esconde.
Por baixo não há tranquilidade, complacencia ou calma.
Por baixo, está meu mal em confusão, medo e abandono.
Mas eu oculto tudo isto, pois eu não quero que ninguém veja.
Fico em pânico ante a possibilidade de que a minha fraqueza seja exposta,
e é por isso que eu crio mascaras atrás das quais eu me escondo
com a fachada de quem não se deixa tocar, para me ocultar do olhar que sabe...
Mas esse olhar é justamente a minha salvação. Eu sei disso.
É a unica coisa que me pode libertar de mim mesmo, dos muros da prisão que eu mesmo levantei,
das barreiras que eu mesmo tão dolorosamente construo.
Mas eu não te digo isto. Não sorrias, eu tenho medo.
Tenho medo que o teu olhar não seja de amor e atenção.
Tenho medo que tu me menosprezes, que te rias de mim e me firas.
Tenho medo de que lá dentro, bem no interior de mim, eu não valha nada e que tu acabas vendo e rejeitando-me.
Então eu continuo a viver os meus jogos,
os meus jogos de fingimento, com a fachada de segurança por fora e sendo uma criança tremendo por dentro.
Com um desfile de mascaras, todas vazias, a minha vida tornou-se um campo de batalha.
Eu converso com todos vocês uma conversa infantil e superficial.
Digo tudo o que não tem a maior importancia e calo aquilo que arde dentro de mim.
Não te deixes enganar por mim...
Mas por favor, escuta e tenta ouvir o que eu não estou a dizer mas que gostaria de dizer.
Eu não gosto de me esconder, honestamente que não gosto.
Eu tão pouco gosto de jogos tolos e superficiais que faço.
Eu gostaria de ser genuina, espontanea, eu mesmo, e tu tens de me ajudar, segurando a minha mão,
mesmo que esta seja a ultima coisa que aparentemente necessite.
Cada vez que me ajudas, um par de asas nasce no meu coração. Asas pequenas e frágeis, mas asas...
Com a tua sensibilidade, afecto e compreensão, eu torno-me capaz.
Tu transmites-me vida. Não vai se fácil para ti...
A ideia de que não valho nada vem de muito tempo e criou muros fortes.
Mas o amor é mais forte que os muros,e ai está a minha esperança. Por favor ajuda-me a destruir estes muros
com mãos fortes mas gentis,
pois uma criança é muito sensivel e eu sou uma criança.
E agora, gostarias de saber quem sou?

Eu sou uma pessoa que tu conheces muito bem...
Eu sou todo homem, toda mulher, toda criança, todos os seres humanos que encontras...
Angela Escada In Inteligencia Emocional

1 comentário:

Anónimo disse...

Tu já não precisas de mascaras para te esconderes de mim...Neste momento conheço a parte mais bela de ti...
No inicio não gostava de ti... davas-me cabo da paciencia, parecias uma mimada, irritante, continuamente a provocar-me e a fazer coisas que sabias que me desagradavam... Tudo para me testar...para teres a certeza de que quem gosta de ti acabaria por gostar da pessoa que és e não pelo aquilo que aparentas ser...
És Linda... fisica e mentalmente... mas és ingenua demais, a presa ideal para homens sem escrupulos.As tuas mascaras são uma proteção, mas só quem consegue ultrapassar essa barreira conhece a pessoa especial que tu és.
Um beijo daquela pessoa que te ama como mulher e como amiga (apesar de não ser correspondido). Adorei o teu blog, prometo voltar.